Profissionais conversando em uma mesa

Independente da mudança de governo é consenso entre os principais especialistas em economia que a saída da crise será um processo longo e traumático para os brasileiros. As estimativas são de que, até o fim do ano, o percentual de pessoas sem colocação no mercado de trabalho chegue a 12% da população. Já são mais de 11 milhões de pessoas sem emprego, ou desejando voltar a ter a carteira assinada.

É comum, nesse cenário, que o profissional sinta o seu emprego ameaçado e, por isso, não tenha motivação para se qualificar mais, tendo em vista que a possibilidade de crescimento na carreira é improvável. Pode parecer incoerente, mas é exatamente em tempos como esses, que é necessário investir no próprio aperfeiçoamento profissional e dotar-se de conhecimentos relevantes para impulsionar sua carreira. Enxergar de forma positiva esse período de crise pode garantir resultados significativos para a atuação no dia a dia e nas respostas ao seu esforço. O melhor é saber que nossa vida é feita de fases e que, quando essa fase passar, o profissional conseguirá conquistar novos espaços, e o saldo final será muito positivo.

Além da qualificação para resistir à crise e sobressair no concorrido mercado de trabalho, faz-se necessário ter um diferencial. Descubra ou crie sua raridade. Esse diferencial pode ser algum comportamento que te faça realizar o trabalho com maestria, como por exemplo, a demonstração convincente de que você possui espírito de dono, pois quem tem isso, contribui, inova, tem visão global e é proativo.

Para os que não tiverem oportunidades no mercado ainda, podem explorar o princípio da reciprocidade, ou seja, fazer algo pela empresa que você pleiteia uma vaga sem querer nada em troca. Fazer antes de ser contratado por ela, de modo que ela possa ver com mais clareza seu empenho e desejo de fazer parte, bem como os resultados que você é capaz de gerar para ela. Fazer pela empresa sem ela pedir gera um desejo profundo de retribuir como forma de gratidão pelo serviço prestado e, até hoje, tudo que vi foram pessoas sendo contratadas por essas empresas após essa demonstração do desejo de servir. Porém poucos tem a proatividade e ousadia para servir.

De um lado, temos o desemprego, por outro lado, parece paradoxal, mas muitos empresários têm encontrado dificuldades de encontrar profissionais que se encaixem no perfil exigido pelo mercado. As empresas buscam colaboradores que lutam por resultados, tenham comprometimento com a posição que ocupam e que não trabalham como que, as suas ocupações atuais sejam apenas um “bico” enquanto buscam algo melhor.

Mesmo que o colaborador queira algo melhor no futuro, faz-se necessário, encarar o que tem no presente, como tudo o que possui e colocar amor na execução de cada atividade. Pois os dados mostram, que, todos que veem uma empresa como algo passageiro, em geral, não conseguem evoluir nem na empresa onde está, nem em outras, uma vez que, ele não é visto pelo mercado. Portanto, a chave de ouro para conseguir oportunidades e manter-se no trabalho é o envolvimento e comprometimento acima da média somado ao conhecimento. Saber fazer bem o trabalho e ter motivação é o casamento perfeito para o sucesso de qualquer profissional. Afinal de contas, na minha visão, não existe crise para o profissional que tem uma excelente empregabilidade.

Tathiâne Deândhela é CEO e Fundadora do Instituto Deândhela, é consultora de carreira, empresária, escritora, professora, palestrante, executiva multidisciplinar e trainer sênior dos programas de treinamentos e desenvolvimentos do Instituto Deândhela. Diretora de Educação da AJE (Associação de Jovens Empresários e Empreendedores). Master Coach Trainer pelo The International Association of Coaching, Especialista em Marketing com ênfase em Serviços (FGV), Liderança (FranklinCovey), além de Negociação e Gestão do Tempo. Possui certificação em Negociação pela Universidade de Harvard; curso de Liderança e Coaching pela Universidade de Ohio, mestrado internacional em Liderança pela Universidade de Atlanta.

Fonte: Instituto Deândhela