Mais do que as aulas e todo o conhecimento transmitido na faculdade, é a experiência adquirida durante os estágios que vai realmente trazer o preparo para o mercado de trabalho. É o que diz a maioria (62%) dos 465 jovens entrevistados para a edição de 2016 da pesquisa Talentos do Futuro.

Participar de entidades estudantis foi o segundo aspecto mais citado como relevante na preparação, om 12% das respostas. Cursos (10%) e intercâmbio (8%) também aparecem valorizados. Mas apenas 5% disseram que estudar muito é o que vai ajudá-los ter uma boa estreia no mundo profissional.

Segundo os entrevistados, é no estágio que é possível entender como funciona o mundo corporativo, descobrir objetivos de carreira e verificar quais são os pontos em que é preciso melhorar para conseguir avançar mais.

Em empresa ideal a maior parte dos jovens (77%) disse não acreditar, mas a pesquisa mostra, no entanto, que eles não estão “atirando” para todos os lados na hora de procurar estágio. Segundo o levantamento a maioria (42%) disse ter mandado currículo para até cinco empresas, 32% enviaram para mais de seis empresas e menos de 10 e apenas 26% dispararam seus CVs para até 50 companhias.

“Vejo vários especialistas dizendo que o estágio é para experimentar mas, a pesquisa revela que os jovens talentos estão escolhendo apenas empresas que sejam relevantes e importantes, tendo em vista seus objetivos de carreira”, diz Luis Abdalla.

Ou seja, a experiência no estágio vai corroborar (ou não) um plano de carreira que começou a ser desenhado antes. “Não é experimentar por experimentar”, diz Abdalla.

E como começar o esboço de um planejamento de carreira sem pôr os pés numa empresa? Engaje-se em diferentes tipos de atividades fora da sala de aula.

O levantamento mostra que o trabalho voluntário é o tipo de prática extra-curricular que mais atrai os jovens. Entre os entrevistados, 42% já participaram de ações nesse sentido. Iniciação científica vem logo atrás, 38% disseram ter participado desse tipo de pesquisa acadêmica.
Entrar para empresa júnior foi a opção de 30% dos jovens participantes da pesquisa.

Entrar para o centro acadêmico ou para organizações estudantis, como a AIESEC, também foram ações que citadas por 11% e 7%, respectivamente. “São atividades que fazem a diferença, abrem as portas para estágios, ajudam a se desenvolver e a fazer escolhas mais alinhadas”, diz Abdalla.

Fonte: Exame.com