Queda foi de 0,4% em outubro em relação a setembro.

Frente ao mesmo mês do ano passado, a retração foi ainda maior, de 4,4%.

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O emprego na indústria brasileira registrou queda de 0,4% em outubro, a sétima seguida, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (10). Frente ao mesmo mês do ano passado, a retração foi ainda maior, de 4,4% – o 37º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e mais intenso desde outubro de 2009, quando o indicador recuou 5,4%.

Com isso, o índice de emprego tem queda de 3% de janeiro a outubro e, em 12 meses, o recuo é de 2,8%.

Frente a outubro de 2013, o contingente de trabalhadores diminuiu nos 14 locais pesquisados, com o principal impacto negativo partindo de São Paulo, onde a queda foi de 5%. O resultado também foi negativo em Minas Gerais (-5%), Nordeste (-3,9%) Rio Grande do Sul (-5,1%), Paraná (-4,5%) e regiões Norte e Centro-Oeste (-3,4%). Na análise por setores, o recuo foi em 16 dos 18 ramos pesquisados, com destaque para meios de transporte (-8,1%), máquinas e equipamentos (-7,3%), alimentos e bebidas (-2,4%), produtos de metal (-7,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-7,6%), calçados e couro (-8,9%), vestuário (-5,4%), entre outros.

No ano, foram registradas taxas negativas em 13 locais e em 16 dos 18 setores investigados, com o maior impacto negativo vindo também de São Paulo (-4,1%). A única pressão positiva veio de Pernambuco, cujo emprego na indústria subiu 0,6%. Na análise por setores, as contribuições negativas mais relevantes partiram de produtos de metal (-7,1%), máquinas e equipamentos (-5,5%), meios de transporte (-5,0%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-6,9%), calçados e couro (-8,0%), vestuário (-3,3%), produtos têxteis (-4,5%), outros produtos da indústria de transformação (-4,1%) e refino de petróleo e produção de álcool (-7,7%).

A produção da indústria nacional ficou estagnada em outubro, na comparação com o mês anterior, segundo dados do IBGE divulgados na semana passada. Houve variação nula em relação a setembro.

Assim, o setor industrial acumula queda de 3% nos 10 meses do ano. No acumulado dos últimos 12 meses, o recuo é de 2,6%, o mais intenso desde setembro de 2012, quando a queda foi de 2,9%. Em relação a outubro de 2013, a queda é de 3,6%.

Horas de trabalho

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria recuou 0,8% frente a setembro, a sexta taxa negativa consecutiva, acumulando perda de 4,1%.

Na comparação com outubro de 2013, o número de horas pagas recuou 5%, a 17ª taxa negativa consecutiva nessa comparação e a mais intensa desde outubro de 2009 (-5,3%). No índice acumulado dos 10 meses do ano, houve redução de 3,6% frente a igual período do ano anterior, com 16 dos 18 setores pesquisados apontando redução.

Todos os 14 locais e 15 dos 18 ramos pesquisados apontaram taxas negativas na comparação com outubro de 2013. As principais influências negativas vieram de máquinas e equipamentos (-8,8%), alimentos e bebidas (-3,0%), meios de transporte (-7,9%), produtos de metal (-9,1%), calçados e couro (-10,5%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-8,5%), vestuário (-5,8%), entre outros.

Ainda na comparação com outubro de 2013, São Paulo teve a principal influência negativa (-5,9%). O impacto foi negativo ainda no Nordeste (-5,4%), Minas Gerais (-5,1%), Rio Grande do Sul (-5,3%), Paraná (-4,8%) e regiões Norte e Centro-Oeste (-3,7%).

Salários

Em outubro, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria avançou 1,1% frente ao mês anterior, recuperando parte do recuo de 1,3% registrado em setembro, segundo o IBGE. O destaque ficou por conta da indústria de transformação, com avanço de 1,1%, já que o setor extrativo mostrou recuo de 0,6%.

Na comparação com igual mês do ano anterior, os salários caíram 2,3%, a quinta taxa negativa seguida nesse tipo de confronto. Com isso, houve variação negativa de 0,3% no índice acumulado dos 10 meses do ano. No acumulado de 12 meses, houve recuo de 0,8%, resultado negativo mais intenso desde abril de 2010 (-1,1%), de acordo com o IBGE.

A principal influência negativa foi vista em São Paulo (-2,2%). Outras contribuições negativas vieram do Rio Grande do Sul (-4,8%), Minas Gerais (-3,6%), Nordeste (-3,9%) e Paraná (-2,7%). A queda foi registrada em 12 dos 14 locais investigados.

O valor da folha de pagamento real recuou em 15 dos 18 ramos investigados, com destaque para meios de transporte (-5,5%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-7,9%), produtos de metal (-6,9%), alimentos e bebidas (-1,3%), borracha e plástico (-3,7%), metalurgia básica (-3,4%) e calçados e couro (-6,6%).

Fonte: G1