Pesquisadores alertam, no entanto, que índices de síndromes respiratórias agudas graves ainda são altos nos estados do país e que ainda não é possível saber se ‘tendência é sustentada’.

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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou nesta quinta-feira (8), pela primeira vez em 2021, que nenhum estado apresentou alta nas taxas de incidência e mortalidade devido à Covid-19. O boletim contabiliza o cenário referente ao período entre 20 de junho e 3 de julho.

Apesar da queda no número de casos e de mortes, os pesquisadores da fundação alertam que os índices das Síndromes Respiratória Agudas Graves (SRAG), que incluem a Covid-19 e a gripe, ainda são bastante altos em vários estados do país.

“Ainda não se pode afirmar que essa tendência é sustentada, isto é, que vai ser mantida ao longo das próximas semanas, ou se estamos vivendo um período de flutuações em torno de um patamar alto de transmissão, que se estabeleceu a partir de março em todo o país”, alertaram os especialistas.

A Fiocruz aponta, ainda, que a redução da mortalidade pode estar relacionada com o avanço da campanha de vacinação. Todos os imunizantes em aplicação no país têm altas taxas de eficácia contra casos graves de infecção do coronavírus, assim como hospitalização devido à doença. Além disso, a aplicação das doses priorizou os grupos mais vulneráveis, como os idosos.

Pela quarta semana seguida, a instituição registrou uma queda nos índices de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Sistema Único de Saúde (SUS). A maioria dos estados apresentou uma queda no indicador, com destaque para as maiores quedas em Tocantins, que passou de 90% para 71%, e no Sergipe, que foi de 88% para 56%.

Estados com queda de pelo menos 5 pontos percentuais:

  • Acre (37% para 26%)
  • Pará (63% para 55%)
  • Amapá (55% para 50%)
  • Piauí (76% para 69%)
  • Rio Grande do Norte (72% para 57%)
  • Paraíba (59% para 49%)
  • Pernambuco (76% para 63%)
  • Alagoas (77% para 66%)
  • Bahia (75% para 70%)
  • Minas Gerais (75% para 70%)
  • Paraná (94% para 89%)
  • Santa Catarina (92% para 85%)
  • Mato Grosso do Sul (88% para 74%)
  • Goiás (85% para 74%)

“Estes avanços vão configurando novos cenários. No momento atual, o curso da pandemia segue com mudança gradativa do perfil etário de casos internados e óbitos. O rejuvenescimento, com expressiva concentração entre a população adulta jovem, traz novos desafios com relação às formas de enfrentamento da pandemia”, avaliou a Fiocruz.

Fonte: G1 Globo