Nenhum grupo armado reivindicou a autoria do ataque feito no norte de Israel. O confronto com o Hamas, no sul, teve 12 mortos em território israelense e 212 na Faixa de Gaza.

O exército de Israel afirmou que quatro foguetes disparados do Líbano atingiram seu território nesta quarta-feira (19).

Nenhum grupo assumiu a autoria dos disparos até o momento.

Nenhum dos quatro foguetes atingiu um alvo: dois caíram no mar; um deles, em uma área aberta e o último foi interceptado pelas defesas aéreas de Israel.

Moradores da cidade israelense de Shfaram afirmaram que um dos projéteis caiu perto do município.

Os militares de Israel afirmaram que, em resposta, estão bombardeando alvos no território do Líbano.

Líbano confirma que houve disparos

Autoridades de segurança do Líbano disseram que os foguetes foram disparados de uma região no sul do país, perto da vila de Qlayleh.

Quatro foguetes caíram no território libanês, de acordo com pessoas do governo libanês.

Trégua com o Hamas

Israel disse nesta quarta-feira que não está estabelecendo um cronograma para o fim dos ataques contra militantes palestinos em Gaza, e seus militares bombardearam o enclave com novos bombardeios aéreos, enquanto combatentes do Hamas dispararam mais foguetes através da fronteira.

Autoridades médicas palestinas disseram que 219 pessoas foram mortas em 10 dias de ataques aéreos, que destruíram ruas, edifícios e outros elementos da infraestrutura e pioraram a situação humanitária já severa em Gaza.

Israel estima em 12 o número de mortos no país, onde ataques de foguetes recorrentes causam pânico e fazem as pessoas fugirem para abrigos. Esforços regionais e também liderados pelos Estados Unidos para a obtenção de um cessar-fogo se intensificam, mas até agora não tiveram sucesso.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não mencionou nenhuma interrupção dos combates em comentários públicos feitos durante uma reunião com embaixadores estrangeiros, dizendo que seu país está engajado em uma “dissuasão vigorosa” para evitar conflitos futuros com o Hamas.

Em comentários de uma sessão fechada de perguntas e respostas citados pela mídia israelense, ele disse: “Não estamos parados com um cronômetro. Queremos alcançar os objetivos da operação. Operações anteriores duraram muito tempo, então não é possível estabelecer um cronograma”.

Em um ataque de 25 minutos de madrugada, Israel bombardeou alvos como túneis que seus militares disseram existir no sul da Faixa de Gaza e ser usados pelo Hamas, o grupo islâmico que governa o enclave.

Cerca de 50 foguetes foram disparados de lá, segundo os militares israelenses, e sirenes foram acionadas na cidade litorânea de Ashdod, ao sul de Tel Aviv, e em áreas mais próximas da fronteira de Gaza. Não surgiram relatos de ferimentos ou danos de madrugada, mas dias de disparos de foguetes perturbam muitos israelenses.

Estragos em Gaza

Quase 450 edifícios da densamente povoada Gaza foram destruídos ou seriamente danificados, incluindo seis hospitais e nove centros de atendimento de saúde primários, e mais de 52 mil palestinos foram deslocados, de acordo com a agência humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU).

As hostilidades são as piores em anos entre o Hamas e Israel e, à diferença de conflitos prévios em Gaza, ajudam a atiçar episódios de violência entre judeus e árabes nas ruas de cidades israelenses.

Conversa entre Joe Biden e Benjamin Netanyahu

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden conversou pelo telefone com o primeiro-ministro Netanyahu nesta quarta-feira.

De acordo com o governo norte-americano, os dois tiveram uma conversa detalhada sobre os acontecimentos em Gaza, os estragos que Israel causou ao Hamas e a outros “elementos terroristas”, além dos esforços diplomáticos de outros governos.

Biden disse ao primeiro-ministro que espera uma desmobilização, hoje, e um plano de cessar-fogo.

Fonte: G1 Globo