Cenário bastante promissor de carreira na Irlanda para brasileiros que falam inglês e trabalham na área de tecnologia. O governo do país lançou a campanha Tech Life Ireland com o objetivo de atrair profissionais qualificados para trabalhar lá.

O maior número de oportunidades é para programadores, web designers e analistas. No país, estão instalados escritórios centrais para Europa de multinacionais como Google, Facebook, LinkedIn, Apple, IBM e Twitter.

“Sobretudo para quem já tem residência lá ou cidadania a probabilidade de conseguir emprego é bem grande”, diz Maurício Marques, diretor comercial da Global Study, franquia de intercâmbios. Em alta desde 2012, o setor de tecnologia da Irlanda – país cuja economia é a que cresce mais rápido na Europa – responde pelo maior número de contratações de estrangeiros.

A qualidade de vida e a cultura do país são alguns dos argumentos do governo irlandês para seduzir forasteiros a apostar em carreira por lá. Basta navegar pelo site da campanha para perceber que não há economia ao tratar das virtudes do país.

A boa notícia para brasileiros é que falar português pode ser um diferencial competitivo interessante, segundo Marques. “Para se ter uma ideia, há um setor do Google Maps Brasil que é feito na Irlanda. Uma equipe de lá confirma os dados recolhidos por aqui”, diz ele que tem amigos brasileiros trabalhando no escritório irlandês do Google.

As oportunidades profissionais disponíveis por meio da campanha estão anunciadas no site. As principais demandas são para domínio das seguintes tecnologias: Java, Python, .NET, C++, PHP.

“O programa facilita o visto para emprego”, diz Marques. O caminho para interessados em conquistar uma oportunidade profissional no país é se candidatar às vagas anunciadas no Tech Life Ireland. É só acessar o site e informar a tecnologia que domina para verificar quais as empresas precisam de pessoas com aquela determinada expertise e cadastrar o currículo para aquelas que mais interessarem.

Se o profissional for aprovado na seleção, a empresa dá entrada no pedido de visto para governo, diz Marques. Durante o processo, que demora, em média, 6 meses, a empresa é a “patrocinadora” (sponsor) da requisição de visto para trabalho para o profissional estrangeiro.

Os contratos de trabalho duram dois anos e são renováveis por mais três anos e o visto de trabalho acompanha esta duração. “Após cinco anos, se tiver morado na Irlanda durante todo este período, o estrangeiro passa a ser elegível para o pedido de residência permanente”, diz Marques.

E para quem está no Brasil e não fala tão bem inglês?

Matricular-se em curso de inglês em alguma escola irlandesa pode ser um primeiro passo para ganhar a fluência  no idioma necessária às oportunidades profissionais. A vantagem em relação aos Estados Unidos é que estudantes estrangeiros podem conseguir permissão de trabalho.

“Podem trabalhar 20 horas semanais no período de aulas e 40 horas semanais durante o período de férias lá, entre junho, julho e agosto e entre dezembro e janeiro”, diz Marques.

O visto de estudante com permissão de trabalho dura oito meses e para consegui-lo é preciso estar matriculado em um curso com duração mínima de 25 semanas.

O processo de requisição de visto de estudante também é mais simples do que a requisição para a Austrália, segundo o diretor da Global Study.

Carta da escola, comprovação de renda e do local de estada inicial são os requisitos para pedir o visto. “Se o estudante apresenta todos os documentos não há chance de ser negado porque não há processo seletivo”, diz Marques.

De acordo com ele, por conta da restrição de horas semanais de trabalho, os estudantes acabam encontrando oportunidades profissionais na área de serviços em restaurantes, pubs e hotéis.

Mas a migração para a área de tecnologia pode ser feita após a conclusão do curso e se o estrangeiro foi aceito já pode dar entrada no pedido de um novo visto, agora para trabalho integral, ainda estando na Irlanda, sugere o diretor da Global Study.

Fonte: Exame.com