Para o cargo de gerente, os currículos devem contemplar os resultados obtidos nas experiências anteriores

Elaborar um currículo perfeito não é uma tarefa fácil. Escrever sobre as experiências profissionais, a formação técnica, o conhecimento em línguas e as eventuais vivências internacionais de forma clara e resumida pode não parecer, mas é sim um grande desafio. Entender, porém, que há importantes diferenças na elaboração de um currículo de analista para o de um gerente já é um grande começo.

Em relação às experiências profissionais, no currículo de analista ou mesmo de coordenador, espera-se mais uma descrição dos cargos do que qualquer outra coisa. No de um gerente, por outro lado, o que as empresas querem é saber quais os resultados obtidos em tais experiências.

“Quando um gerente estiver elaborando seu currículo, na parte de experiências profissionais, ele tem que colocar quais foram os resultados que atingiu, quais as inovações implementadas e quais as melhorias que foi capaz de proporcionar e não simplesmente fazer uma descrição do cargo. Mas também deve ter o cuidado de não se alongar”, explicam as consultoras da DMRH, Priscila Rignani e Thais Mascarin.

Gestão de pessoas
Outra diferença fundamental entre o currículo de um gerente ou diretor para o de cargos inferiores é a questão da gestão. Ainda na parte de experiência profissional, em cada uma delas, o profissional deve citar quantas pessoas liderou direta e indiretamente. “Na posição de gerência, espera-se que o profissional esteja preparado para liderar equipes, portanto, é importante ter informações sobre isso no currículo do candidato”, explicam as consultoras.

Esse elemento, porém, já não é tão importante – ou esperado – para quem procura uma vaga de analista, por exemplo, justamente porque não terá esse tipo de desafio em tal posição. Mas, de novo, apesar de essa ser uma informação extremamente relevante, é sempre importante não se alongar. Não é só porque o currículo é de um gerente, que pode ser extenso demais.

Na prática, portanto, quando as consultorias ou mesmo a empresa estão procurando um candidato para assumir uma posição de gerência, elas querem encontrar no currículo o quanto o faturamento da área aumentou na gestão de tal profissional ou quanto ele conseguiu economizar em algum setor, por exemplo.

Ainda querem saber quantas pessoas tinham sob seu comando direto e indireto. Vale lembrar que as experiências profissionais sempre devem ser dispostas de forma cronológica, da mais recente as mais antigas. Assim, quando você coloca quantas pessoas liderava em cada posição que assumiu na empresa ou mesmo ao longo da carreira, a consultora consegue perceber como foi a sua evolução ao longo dos anos.

Critérios mais rígidos
Mais um ponto apontado pelas consultoras diz respeito aos erros cometidos no currículo. Independentemente da posição, o ideal é que o candidato não cometa nenhum erro de português no currículo. Porém, quanto mais alta for a posição, mais rígidos serão os critérios. Ou seja, “podemos até desconsiderar, no currículo de analista, um ou outro errinho, mas dificilmente desconsideraremos se o erro for cometido por um candidato à gerência”, explicam as consultoras.

Fonte: InfoMoney