Se você já ouviu as palavras “desemprego Tecnológico”, se prepare, você vai ouvir muito mais nos próximos anos. Tecnologia está automatizando trabalhos anteriormente realizados por pessoas em uma rapidez gigantesca. O emprego de carteira assinada está com os dias contados, mesmo que a grande maioria das pessoas ainda não se deu conta disto. Se voltarmos 150 anos, uma viagem de mil quilômetros seria uma programação para um mês de trabalho.

Hoje se consegue ir e regressar no mesmo dia em distâncias como esta. Em 10 anos teremos os carros autômatos (driverless cars), que vão prescindir de motoristas. Taxistas, motoristas de caminhão, e motoristas em geral perderão seus empregos. Possivelmente esta revolução acabará também com a indústria automobilística, seguros de automóveis, empresas de aluguel de veículos, empresa de lavagem de automóveis, empresas de estacionamentos e valet, e inúmeras outras.

Possivelmente as entregas sejam realizadas por drones. A agricultura também será controlada por drones. Ou seja, tudo o que necessite de um acompanhamento constante de médias distâncias poderão ser realizadas por drones.

Em mais alguns anos outra grande mudança será na manufatura, com a entrada de impressoras 3D baratas, acessíveis para ter em casa como mais um eletrodoméstico. Muito do que compramos em lojas será produzido em casa. A indústria plástica, ornamental, peças, armazenamento, roupas, sapatos, e tudo o que puder ser impresso em casa estará na lista de empregos a desaparecerem no futuro. Os equipamentos 3D também vão chegar a construção civil, uma das áreas que mais emprega pessoas no mundo.

A inclusão de inteligência artificial é outro processo disruptivo, pois empregos como advogados, jornalistas, nutricionistas, contadores, auditores, psicólogos e uma infinidade de profissões que dependem da recepção da informação, processamento e diagnóstico estarão fadadas a serem substituídas pelo próximo “Watson” (nome dado ao computador de inteligência artificial desenvolvido pela IBM).

Uma das carreiras que estará salva desse redemoinho será consultoria empresarial. Um executivo de uma empresa poderá consultar o Watson para tomar uma decisão sobre duas ou mais opções existentes para a solução de um problema, mas precisará de consultores para ajudá-lo a definir essas opções.

O consultor empresarial continuará a ser utilizado pelas empresas em três situações: (1) A empresa não sabe fazer: com o advento de inteligência artificial, e tudo o que estará disponível no futuro, será muito difícil para uma empresa não saber fazer alguma coisa. Mas ainda será necessário “alguém” para incluir todas as informações no computador com inteligência artificial para obter as respostas. O profissional que incluirá todas as informações para obter as opções serão consultores empresariais. (2) A empresa sabe fazer, mas não quer fazer: a questão política de uma mudança não estará fora da equação. Ainda será necessário que “alguém” assuma a “culpa” pelas mudanças, e quando esse profissional sair da empresa, com ele também saia a responsabilidade do que foi necessário fazer para mudar. Por exemplo, um computador com inteligência artificial pode reduzir drasticamente um setor de telemarketing de uma empresa. Demitir um contingente grande de profissionais normalmente gera um desgaste, que os executivos preferem não ter.

A consultoria entrará na empresa, fará o que tem que fazer, e quando ela finalizar o projeto e sair da empresa, saem com ela todas as referências sobre a demissão em massa ocorrida. Isso não vai deixar de existir. (3) A empresa sabe fazer, mas não tem braços para fazer: As mudanças vão acelerar nas empresas. O executivo terá que decidir se tira um profissional de sua atividade na empresa para auxiliar na implementação da mudança. Mas essa decisão sempre será difícil, pois o rendimento da empresa pode ficar comprometido. Portanto a contratação de consultores para a execução de projetos com prazos definidos será sempre uma melhor opção.

Fonte: Administradores