Quanto tempo o candidato ficou em empregos anteriores é um item no currículo que recrutadores costumam prestar bastante atenção. Sendo curto ou longo, esse período gera dúvidas na cabeça de quem faz a seleção quando não há uma explicação.

Richard Moy passou a maior parte da carreira trabalhando em RH, inclusive fazendo seleção.

Em um artigo, Moy descreveu quais dúvidas tinha quando analisava currículos, e o que colocar na carta de apresentação para aumentar as chances de sucesso.

Seis meses (ou menos)

“Foi sua escolha ou a escolha do seu chefe?”

Segundo Moy, uma regra de ouro é ficar pelo menos um ano na empresa, mesmo não gostando do emprego. Mas, por várias razões, muitos não completam esse período, seja por demissão, descobrir que o trabalho não é o que desejavam ou por terem recebido uma oferta irrecusável para sair.

O que escrever:

A forma mais segura de abordar os períodos curtos em uma empresa é ser completamente honesto, inclusive se foi demitido, diz Moy. Ele aconselha, porém, a não se prender no tempo que ficou, mas tentar mostrar o que conseguiu fazer ou conquistar no curto período.

Um ano

“Por que essa pessoa mudou tanto de emprego?”

Moy afirma que alguns currículos que recebeu eram de candidatos que levaram a regra do um ano ao pé da letra, ficando só esse tempo em várias empresas. A dúvida que surge para o recrutador, segundo ele, é se essa pessoa está realmente interessada em trabalhar ali, ou apenas em pular de emprego em emprego, procurando um melhor.

O que escrever:

Se você tem muitas passagens de um ano em seu currículo, reflita um pouco sobre seu histórico antes de se candidatar a um novo. Coloque na carta de apresentação por que aquela empresa não é apenas mais um passo nessa busca por sucesso, enfatizando como as outras experiências o levaram a se candidatar especificamente a esse emprego.

Um a três anos

“Essa pessoa foi promovida?”

O recrutador diz que é um período consistente de tempo em uma mesma empresa. Quando analisa currículos assim, pensa se a pessoa foi promovida, ou pelo menos ganhou mais responsabilidades ao longo do tempo.

Um candidato que deixa claro que está confortável com o mesmo tipo e quantidade de trabalho por três anos seguidos não impressiona recrutadores.

O que escrever:

Mesmo que não tenha sido promovido, é provável que tenha recebido mais responsabilidades ao longo do tempo na empresa. Use a carta de apresentação para mostrar isso ao recrutador.

Três a cinco anos

“Por que essa pessoa quer sair agora?”

Como atualmente as pessoas tendem a mudar muito de emprego, o recrutador diz que o interesse, nesse caso, é saber por que o candidato deseja mudar agora. Pode ser porque se sente sem oportunidades para crescer, prevê demissões em massa, procura uma nova empresa ou quer mudar de carreira.

Para Moy, as razões não costumavam ser ruins. “Mas eu sempre ficava curioso”, diz.

O que escrever:

Novamente é uma questão de explicar suas razões na carta de apresentação. Descreva por que a vaga a que está se candidatando o motiva a largar a familiaridade e o conforto do trabalho atual.

Cinco a dez anos

“Essa pessoa está entediada?”

Moy diz que era comum encontrar candidatos que estavam querendo uma “transição lateral”, ou seja, mudar para um emprego que não fosse necessariamente melhor do que o atual. A dúvida que surgia para o recrutador era se a pessoa estava entediada, ou seria um outro motivo.

O que escrever:

Quando uma pessoa com muita experiência se candidata, Moy afirma que deseja ver seu entusiasmo com a vaga oferecida ou com a missão da empresa. E isso precisa ficar claro na carta de apresentação.

Ele sugere frases como “passei horas pesquisando como escrever uma carta de apresentação apenas para me candidatar a essa vaga” ou “sigo sua empresa há anos e aguardava ansiosamente uma oportunidade assim aparecer”.

Fonte: Uol

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