O que busca um jovem trainee? Quais suas motivações e insatisfações? Levantamento da comunidade de carreiras Love Mondays identificou – entre 800 trainees e ex-trainees – o que eles mais amam e odeiam nos programas de grandes empresas.
Para a CEO da Love Monday’s, pesquisar para alinhar as expectativas em relação ao programa de trainee é essencial para evitar futuras frustrações. “O jovem entra no programa com muitas expectativas, que precisam ser realistas e gerenciadas”, diz.
Confira, nas fotos, os pontos positivos dos programas que mais aparecem nas respostas dos jovens e veja também o que mais incomoda os trainees insatisfeitos:
1º fator positivo mais citado: bom clima no trabalho
O clima de trabalho agradável é o que os trainees mais apreciam, segundo a pesquisa. “O jovem em começo de carreira é muito influenciado pelo ambiente de trabalho e pelos colegas e chefes”, diz Luciana Caletti, CEO da Love Mondays. Sentir-se confortável e manter boas relações com as pessoas no trabalho têm impacto direto na produtividade e no desenvolvimento, segundo Luciana.
2º fator positivo mais citado: progressão na carreira
Trainees querem crescer profissionalmente e, se possível, rapidamente. Por isso, a aprovação no programa chega carregada de expectativa de acelerar a progressão de carreira. “Mas o jovem precisa entender que, para isso, tem que dar resultados”, diz a CEO da Love Mondays.
3º fator positivo mais citado: aprendizado
Aprender é um dos objetivos primordiais de um jovem que busca o desenvolvimento necessário para assumir função de liderança em tão pouco tempo de carreira. “Muitas empresas consideram os trainees seus futuros líderes e, portanto, investem na criação de oportunidades de aprendizado e progressão na carreira após o término do programa”, diz Luciana Caletti.
1º fator negativo mais citado: baixo salário
Entre os insatisfeitos, o salário baixo é o ponto mais crítico. De acordo com as informações Love Mondays, a média nacional salarial é de 3.267 reais, mas os valores variam muito, dependendo da indústria e da modalidade do programa.
“Os salários dos trainees de consultorias são mais baixos e, por exemplo, bancos de investimento têm as remunerações mais altas. Antes de criar muita expectativa é importante pesquisar sobre o salário e o pacote de benefícios que a empresa oferece aos participantes do programa”, diz Luciana.
2º fator negativo mais citado: falta de plano de carreira estruturado
Se o desenvolvimento de carreira é um dos objetivos primordiais do trainee, a frustração é enorme se, após o término do programa, a empresa não apresenta um plano de carreira estruturado. “O risco para a companhia que investiu neste jovem profissional ao longo de dois anos, que é a duração média do trainee, é que ele vá buscar essa progressão no mercado”, diz Luciana.
3º fator negativo mais citado: falta de reconhecimento
A falta de reconhecimento também aparece com fator de desmotivação entre os trainees insatisfeitos. “Muitas vezes é algo atrelado à progressão de carreira, mas existem aspectos subjetivos envolvidos, como elogios ou a participação em projetos, por exemplo”, diz Luciana Caletti.
Por Camila Pati / Fonte: Exame.com