Você consegue observar o ambiente e ajustar a sua atuação de acordo com ele ou seu comportamento é um só independentemente do lugar? Quem se identifica com a primeira resposta tem muito mais chances de se dar bem em uma multinacional. É que operar em uma cultura heterogênea é um dos grandes desafios em empresas que atuam globalmente.

Flexibilidade é a palavra-chave, segundo Francisco Cuesta, vice-presidente de recursos humanos da Samsung. “Tanto na forma de pensar, como na maneira de se situar e operar de acordo com esse cenário”, diz ele.

E ele sabe do que está falando já que construiu sua carreira em multinacionais. Antes de trabalhar na coreana Samsung, trabalhou na francesa Valeo, na espanhola Telefonica, na brasileira CSN e na americana White Martins. Ou seja, além ter experiência com nacionalidades diferentes, também atuou em segmentos diversos ao longo da sua trajetória.

A maleabilidade a que ele se refere deve permear ainda a compreensão que o profissional tem de cada negócio ou setor. Na Samsung, por exemplo, um valor que é extremamente marcado e que deve permear a atuação de qualquer funcionário em qualquer um dos países em que a empresa opera é o senso de urgência. “O setor de tecnologia por si só já é bastante agitado e demandante. Temos que ser rápidos”, diz.

A integração da equipe ajuda tanto na velocidade que se espera deles quanto na transmissão dos valores da companhia. Uma das ações recentes da Samsung nesse sentido foi a Samsung Sports Season, lançada logo após o encerramento da Olimpíada do Rio. Durante vários dias os funcionários puderam praticar esportes individuais e em grupo, em oito modalidades diferentes. A iniciativa também teve como resultado estimular a colaboração, um valor cada vez mais destacado pelas empresas.

Em relação às qualidades citadas por Cuesta, vale o alerta, por mais óbvio que pareça. A combinação com a orientação para resultados é fundamental. A carreira só vai decolar para quem estiver mesmo disposto a arregaçar as mangas. “É claro que eu não teria tido um bom desempenho se não houvesse entrega”, diz.

Fonte: Exame.com