taxa de desemprego recuou para 12,8% no trimestre encerrado em julho, segundo os dados divulgados nesta quinta-feira (31/08) pelo IBGE. Ao todo, o país tem 13,3 milhões de desempregados. No trimestre imediatamente anterior (que inclui os meses de fevereiro, março e abril), a taxa ficou em 13,6%, com um total de 14 milhões sem emprego. O número de julho, no entanto, ainda é maior do que o registrado em igual mês do ano passado, quando estava em 11,6%.

A expectativa de analistas era que o desemprego se mantivesse em 13%, de acordo com pesquisa da Bloomberg com 31 economistas. Nos últimos meses, especialistas têm indicado que a fase mais aguda da crise no mercado de trabalho começou a ficar para trás. A taxa chegou a 13,7% no trimestre encerrado em março. No segundo trimestre, a taxa de desemprego estava em 13%, com 13,5 milhões de desempregados.

Os dados do IBGE são divulgados semanas após o Ministério do Trabalho informar que o país criou 35,9 mil vagas em julho, o quarto mês consecutivo de geração de empregos com carteira assinada. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), os setores que mais abriram postos de trabalho foram a indústria de transformação e o comércio.

Criação de vagas

A indústria criou 425 mil postos de trabalho em um trimestre, o equivalente a um aumento de 3,7% no total de ocupados no setor.No trimestre encerrado em julho, o total de ocupados no País cresceu 1,6% em relação ao trimestre terminado em abril, com a criação de 1,439 milhão de vagas. Outros setores que contrataram no período foram comércio, com 226 mil funcionários a mais; transporte, armazenagem e correio, com mais 82 mil; alojamento e alimentação, mais 97 mil; administração pública, defesa, seguridade social, educação e saúde, mais 592 mil novas contratações; e outros serviços, com a geração de 175 mil novos postos.

Segundo Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, o setor público foi responsável por um terço das vagas geradas em um trimestre. Após período de ajuste, os novos governos municipais fizeram contratações nas Prefeituras. “Já são os prefeitos novos contratando pessoas para as prefeituras”, afirmou Azeredo.As atividades que demitiram no trimestre encerrado em julho foram a construção (-45 mil), agricultura (-75 mil), serviços domésticos (-6 mil) e informação, comunicação e atividades financeiras (-33 mil).

Fonte: Época Negócios