Líderes procrastinadores são um grande risco

Seja na atividade rotineira de liderança ou na implantação de um novo projeto, o exercício do follow up tem se mostrado fator decisivo de sucesso (ou fracasso) na relação entre superiores e subordinados. “Acompanhar o andamento dos trabalhos é essencial e essa atividade nem sempre é executada da melhor forma”, afirma José Carlos Ignácio, diretor da consultoria JCI Acquisition.

O consultor empresarial diz que isso se deve a inúmeras razões, como a procrastinação por parte do líder que evita o trabalho e o papel muitas vezes antipático de cobrar os membros da equipe. “Há também a cobrança inócua, resultado da falta de compromisso ou, na maior parte das vezes, de orientação do que deva ser feito e em que prazo. Isso gera ignorância, parcial ou total, do que o subordinado responsável pela tarefa realmente deva fazer”, completa Ignácio.

Segundo o diretor da JCI Acquisition, quem cobra deve assumir a responsabilidade de ter sido claro na comunicação do que é esperado que seja feito, ter sabedoria de julgar as razões dos desvios e habilidade para renegociar prazos. Além disso, deve sempre ter registrado o estágio do último follow up e o alinhamento entre as tarefas individuais com o cronograma geral.

Na grande maioria dos casos de ineficácia operacional, estão presentes três grandes vilões:

1 – Erro na seleção do responsável pela execução de determinada tarefa: tanto em casos de despreparo como também os de excesso de delegação a uma mesma pessoa ou equipe. A delegação de uma tarefa de cada vez tem 99% de chance de sucesso na sua execução; até três tarefas simultâneas apresentam chances de 80% e acima de três a possibilidade de eficácia na execução desaba para 30% ou menos.

2 – Falhas na comunicação e entendimento do que deve ser feito e em qual prazo: investe-se pouco nesta etapa de comunicação e, infelizmente, na maioria dos casos, tal falha só torna-se perceptível nos acompanhamentos posteriores.

3 – Falhas na cobrança: a cobrança ou o follow up exige constante atenção do superior no sentido corrigir desvios de produtividade e qualidade, motivando e repreendendo com precisão.

“Cabe ao líder ou responsável maior por determinada área selecionar pessoas, cargas de trabalho, realizar uma comunicação correta e ser preciso nos follow up´s, de forma a garantir o bom andamento dos trabalhos. Afinal, é necessário não só saber cobrar, mas também facilitar a cobrança e a execução”, conclui Ignácio.

 

Fonte: Administradores