Das 10 carreiras mais felizes para quem acaba de se formar, 7 são do mercado de TI nos EUA. Veja se a lógica vale para o Brasil

Por Talita Abrantes

As profissões mais felizes

São Paulo – Os primeiros passos na carreira não são os mais fáceis. Mas apostar em uma área com boas perspectivas pode ser a decisão mais certeira para uma trajetória profissional mais satisfatória.

E o mercado de tecnologia está recheado de coordenadas para este fim. Não é por acaso, portanto, que das 10 profissões mais felizes para quem está para se formar nos Estados Unidos, sete são ligadas ao setor, segundo o CareerBliss.

O site chegou a esta conclusão após analisar as profissões que ofereciam boas oportunidades de ascensão profissional, um ambiente de trabalho amigável, responsabilidades diárias satisfatórias e que estavam inseridas em um contexto corporativo que favorecia os índices de satisfação no trabalho.

Com base nestes dados, coletados nos Estados Unidos, conversamos com o André Assef, da Desix, para entender se as perspectivas são as mesmas para o mercado brasileiro.

A seguir, você verá as sete profissões na área de tecnologia que são mais promissoras para os jovens profissionais – em todos os termos.

Programador Java

Os programadores JAVA estão no topo da lista. Seja aqui ou nos EUA, iniciar a carreira neste tipo de função é uma ótima estreia no mercado de trabalho do setor, segundo André Assef, sócio da Desix.

A linguagem Java é uma das mais populares na área de desenvolvimento de ferramentas para desktop e celulares. Fato que garante um campo de oportunidades profissionais para quem entende do assunto.

Isso não é tudo. Segundo Assef, a linguagem Java força o desenvolvedor a “pensar de uma forma estruturada”. E isso faz toda a diferença em processos de seleção.

Para quem segue carreira na área, um horizonte possível é o cargo de arquiteto Java – uma das carreiras promissoras do mercado no momento, ainda segundo o especialista.

Engenheiro de software embarcado

Dos comandos do forno de micro-ondas, passando pela leitura biométrica das travas de portas, até o computador de bordo de um carro: muitos equipamentos que fazem parte do nossa rotina hoje trazem os chamados “embedded software” ou software embarcado.

Por trás da lógica destes sistemas estão os engenheiros de software embarcado, que conquistaram a segunda posição na lista do CareerBliss.

“Em algumas empresas, esta área faz parte da inteligência de negócios”, diz Assef. Por isso, há uma equipe dedicada para isso.

Programador .NET

Focar em uma linguagem amplamente conhecida (e demandada) no mercado é uma boa estratégia para dar os primeiros passos na carreira com o pé direito. Tanto que a profissão ficou na terceira posição no ranking do CareerBliss.

Além disso, segundo o especialista, saber a linguagem .NET abre caminhos para a descoberta e domínio de outras ferramentas. “O conceito faz com que ele seja um baita programador”, diz.

Engenheiro de Quality Assurance

Ele é responsável por toda estruturação de testes de qualidade de programas ou equipamentos. Em termos de software, por exemplo, “é o engenheiro de QA quem vai pegar todos os requisitos que o produto tem que cumprir para funcionar direito”, diz.

Engenheiro de redes

“O engenheiro de redes cuida de toda a infraestrutura de rede. É ele quem determina toda parte física ou lógica: de cabeamento a conectores”, detalha o especialista. “Ele é o maestro de estruturação da rede”.

E, neste ponto, as comparações com um engenheiro civil que estrutura uma obra não são forçadas, atesta Assef. Não deu outra: a carreira ficou em 8º na lista.

Analista de dados

Ao analista de dados é outorgada a função de dar ordem ao caos de informações desejadas minuto a minuto na internet. “Ele olha para estes dados e, a partir daí, elabora uma forma de mostrá-los de um jeito mais eficiente”, diz. Em outros termos, “sabe pegar as informações e agrupá-las de um jeito inteligente e bem estruturado”.

Desenvolvedor web

“Não vejo morte anunciada para o padrão web”, diz Assef. Por isso, quem aposta nesta carreira ainda tem boas perspectivas pela frente, de acordo com o especialista. “Há muitos recursos à disposição e espaço para a área”, diz.

Fonte: Exame.com