Escreva como se estivesse falando; e diga logo qual será o seu recado.
A escrita é o principal meio de comunicação no mundo do trabalho. Saber escrever é, sobretudo, fazer-se entender. Por isso, convém ouvir um conhecedor do cérebro humano que também é linguista, o psicólogo canadense Steven Pinker, autor, entre outros clássicos, de Como a Mente Funciona. Seu livro mais recente é The Sense of Style: The Thinking Person’s Guide to Writing in the 21st Century (“A lógica do estilo: O guia da pessoa pensante para escrever no século 21”). Aproveitando o lançamento, o jornalista Eric Barker, em seu blog no site da revista Time, pediu a Pinker dicas de como melhorar a escrita. A seguir, as seis recomendações, com comentários de Pinker.
- Seja coloquial e visual
“Imagine que você está numa conversa com um leitor tão capaz quanto você, mas que por casualidade não sabe algumas coisas que você sabe. Oriente-o para que veja com os próprios olhos algo que você observou, mas ele não.”
- Não confie apenas em si para avaliar a clareza
“Psicólogos sociais descobriram que tendemos a achar que os outros sabem das coisas que nós sabemos. Seus revisores nem precisam ser uma amostra do público pretendido. Basta que não sejam você.”
- Não esconda o principal
”Quem escreve precisa deixar claro, logo de início, de que assunto está falando e por quê. Pare de tentar parecer inteligente e apenas seja claro.”
- Não é preciso seguir as regras de correção, mas é bom tentar
“As regras tornam o padrão de nossa escrita melhor? Certamente. As licenças criativas são bem-vindas, mas conheça as regras antes de quebrá-las.”
- Leia, leia, leia
“Não se pode aprender a escrever bem sem passar bastante tempo imerso em textos, permitindo-se absorver expressões, construções, figuras de linguagem e palavras interessantes para desenvolver uma técnica de escrita no melhor sentido.”
- Escrever bem significa revisar
“A ordem em que as ideias ocorrem ao escritor raramente é a mesma que o leitor digere melhor. Quase sempre um bom texto requer revisão e reorganização para ser acompanhado facilmente.”
Fonte: Época Negócios