Especialistas listam os principais prejuízos para a carreira dos profissionais que sempre fazem mais do mesmo

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Por Camila Pati

Se os versos da música “Cotidiano” de Chico Buarque parecem ter sido feitos para ilustrar a sua vida profissional, cuidado: “fazer tudo sempre igual” pode estar prejudicando sua carreira.

É claro que um pouco de rotina no dia a dia de trabalho é necessário. Isso traz segurança e permite que você domine tarefas e processos da empresa. “A rotina ajuda o profissional a aperfeiçoar a execução das tarefas”, diz Danielle Torres, sócia da Affero Lab.

Mas, se você já sabe exatamente o que vai fazer do minuto que você chega à empresa até o fim do expediente pelos próximos meses (ou mais!) pode ser a hora de repensar a rigidez de sua agenda. Confira os prejuízos de ficar preso à rotina, segundo duas especialistas:

1 – Sua criatividade é limitada

Se a rotina é importante para adquirir excelência em determinada ação, ela é matadora das novas ideias, segundo Helena Ribeiro, presidente do Grupo Empreza.

“A pessoa tem que ter espaço para desenvolver pensamento estratégico, para pensar em novos meios para o que ele está fazendo”, diz Helena. Preso às mesmas tarefas – e ocupado demais com elas – o profissional acaba passando longe da inovação.

2 – Você não enxerga as oportunidades

Com os olhos voltados sempre para o mesmo lugar, é possível que boas oportunidades passem ao seu lado sem serem notadas.

“Andar no trilho e não sair dele leva a um só caminho, mas existem outros que podem até ser arriscados, mas são novos e podem trazer crescimento”, diz Helena.

3 – Você não se desafia, nem é desafiado

Se a zona é sempre a de conforto, nela não entram desafios. Por isso, Danielle da Affero Lab fala no perigo do comodismo gerado pela rotina. Isso porque nada como desafio novo para sacudir o dia de trabalho e exigir mais energia de uma pessoa.

“Essa questão de não sair da zona de conforto está relacionada ao medo de errar. O profissional se mantém na sua rotina porque sabe que assim ele não erra”, diz Helena Ribeiro. Assim, além de não procurar, ele foge de qualquer atividade diferente por receio de não conseguir acertar de primeira.

4 – O aprendizado é mínimo

A soma de todos os itens anteriores só poderia resultar na falta de aprendizado. Sem ele, a trilha de carreira que leva ao crescimento perde seus contornos e some do campo de visão do profissional.

“A pessoa que fica só na rotina acaba vivendo de passado”, diz Helena. E a especialista lembra que o que você faz hoje determina o seu futuro.

Ou seja, deixar de aprender agora é ficar para trás amanhã. “Em minha opinião, ficar preso à rotina é um desperdício de potencial e de talento”, diz a especialista.

Fonte: Exame.com